terça-feira, 31 de julho de 2007

Amor e sonhos

Dizer tudo que sempre quis se dizer... nunca há tudo que se quer dizer, pois as emoções mudam tudo e transformam Pessoas em pessoas. Minhas emoções... qual o mais certo: destruir o passado (materialmente) para não forçar lembranças com objetos antigos que, na maioria, só trazem dor, porque o realmente importante nunca será esquecido pela memória? Ou guardar as recordações físicas para aprender algo com aquela dor cicatrizada? E claro, todas as lembranças, principalmente as felizes, são tristes justo por seres lembranças.

Hoje estava com tanto sono e quando acordava (para mudar o horário do relógio despertar), me sentia num sonho, perdido ali sozinho com o relógio. Aquele sonho acordado parecia não ter dor ou preocupação, apenas a obrigação despreocupada de trocar o horário do relógio para dormir mais... ah vida minha.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Adequado

Que desejo possuo eu de nunca me adequar a esse mundo de loucos. Loucos com suas regras certinhas e organizadas que todos se excitam em quebrá-las. Mas, como posso ajudar esse mundo que odeio amo tanto assim sem me adequar as suas normas?

Uma conversa

joyce says:
eu não acho que esse mundo tenha jeito, acho que é daqui pra pior.. por isso faz diferença... não vai continuar do mesmo jeito... mas é só o que eu acho... e que coisas ruins vc fala?

Petrus says:
Será que pensar que o mundo é ruim não é o mesmo que pensar que Deus é ruim? Pois Deus criou os homens a sua imagem e semelhança. Então, o homem é perfeito. E mesmo que não seja, como foi criação de Deus, e o o homem fez isso com o mundo, não teriamos que culpar Deus pelo mundo estar como está?

Petrus says:
E as coisas ruins que falo são as injustiças do mundo que você prefere "não olhar" para poder aceitá-las melhor. Não sei algo específico.

joyce says:
entendi. E não acho que devamos culpar Deus não. A culpa eh toda e exclusivamente nossa, seres humanos imperfeitos. Ele nos deu tudo, deu o mundo, a forma de agir, e o que é que o homem faz? vai contra a vontade dEle.

joyce says:

é o tal do livre arbítrio, preferia não ter rs

Petrus says:
Só que se você tem um filho e ele destrói toda sua casa, a culpa é sua ou do seu filho?

joyce says:

minha, mas acho que não dá pra comparar não.

Petrus says:
Por quê? Deus diz: "Os pais são responsáveis pelos seus filhos". Literalmente, com essas palavras!

Petrus says:
Uma coisinha só: não estou dizendo para culparmos Deus. Mas para não acharmos o mundo tão ruim assim. Afinal, se seu filho destrói a sua casa, mas depois você o ensina que ele não deve fazer isso e ele acaba arrumando, isso será uma coisa boa e você não cometeu erros, só que seu filho não tinha aprendido ainda. Acho que é o mesmo pro mundo. Só que se seu filho desistir da sua casa, bem, aí você

Petrus says:
mãe (ou Deus), teria tido um trabalho perdido ao ter tido esse filho. Não concorda?

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Noite

Por que o mundo todo dorme? Por que tem hora certa para que todos (ou quase todos) vão descansar do vasto dia que tiveram? A noite tão bela, fria e de tão escura que ilumina nossos melhores pensamentos só serve (para alguns) para dormir ou se divertir. Talvez eu não gostasse tanto da noite se ela fosse como o dia, cheia de barulho, de pessoas indo e vinda, preocupadas com seus afazeres tão urgentes que nunca possuem tempo para nada. Ou talvez... toda noite, eu só esteja dormindo e por isso sonho que seja tão bom não dormir e me perder nessa escuridão...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Iniciando...

Havia um Rapaz que queria ser muito. Queria escrever, queria ser político, queria ter idéias boas para o mundo. Ele gostava de observar e falar a verdade asperamente às pessoas. Sentia até um pouco de orgulho ao ofender alguém com suas verdades próprias e também possuía satisfação em saber que muitas pessoas sentiam raiva dele por causa de seus comentários. Ele sabia que o mundo estava mal organizado, mas ele nunca havia pensado, por si, como seria o melhor mundo. Sobre pensar por si, ele defendia a idéia que as pessoas tinham que possuir o máximo de idéias originais possíveis. Sabia que isso não era totalmente possível ou fácil, mas ele era um defensor da livre criatividade do indivíduo.
O Rapaz, de repente, começou a se sentir sozinho. Os poucos amigos que ele possuía começavam a sumir, a não mais ligar, a procurarem outros amigos. Ele nunca teve muitas pessoas em sua vida, mas começou a incomodá-lo o silêncio de todos os dias que tomava conta de sua vida. O Rapaz também sabia que seus poucos amigos não se afastavam por causa de sua acidez nas palavras. Na verdade, isso era o que havia de diferente e interessante nele. O problema é que suas palavras não mudavam. Tampouco suas idéias. Enquanto seus amigos cresciam, mudavam de vida, pensavam na vida e no futuro escuro que eles tão ansiosamente aguardavam, o Rapaz ainda continuava (confessadamente com menos entusiasmo) a ver os defeitos do mundo e a desejar mudá-lo. Com a distância de seus amigos, o Rapaz ficou ainda com menos vontade de lutar. Ficava em casa por vários dias. Sem vontades, sem desejos. Sentia uma força inimaginável dentro do seu coração. Sentia uma capacidade ilimitada de ser o que quiser e fazer o que quiser. Mas, não tinha mais razões. Ao menos, não as sentia em si.
Então, um dia, ele decidiu lutar, mesmo sem vontade, para achar essa razão. Poderia falar sozinho, teria que escrever mais, que era o sonho (antes), teria que sair, conhecer as pessoas, seu mundo, sua terra e outras terras e idéias também. Teria também que voltar ao seu passado para concluir o que deixou mal-feito e assim, conseguir sempre mudar, evoluir e reciclar suas idéias, sonhos, planos e vida. Sentiu-se um idiota pensando que precisava dessas coisas, pois parecia mesmo um livro idiota de auto-ajuda. Mas, pensou que se era o que sentia, neste momento, não poderia negar-se essas idéias, mesmo que fossem piegas. Pensou e descobriu que precisava... fugir da vida que ele se encontrava nesse momento. E a primeira coisa a se fazer seria ter um lugar para escrever. E para lá, ele foi começar a viver fora de sua vida...